– A arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) despencou 20% em relação ao ano passado. E o dinheiro da repatriação, ficou em 5% do que foi praticado no fim do ano, muito abaixo das expectativas. Os prefeitos não têm outro jeito. O limite de gasto com pessoal imposto pela lei estourou. Ou eles apertam o cinto ou vão morrer. É ruim, é frustrante demitir em tempo de crise, mas ou demite ou as contas vão ser rejeitadas, essa é a regra, é o que afirma o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro. Para o presidente, que está há seis meses no comando da UPB, ainda há uma falta de preparo das prefeituras para lidar com a questão financeira.
– No ano passado quase 50% das prefeituras baianas tiveram suas contas rejeitadas e nós entendemos que a falta de preparo de equipe que prestam consultoria para as prefeituras é que fazem com que essa rejeição seja tamanha. Estamos muito preocupados com isso, disse o prefeito. A piora na arrecadação também aflige o gestor, que comenta que a única solução para os municípios é cortar gastos e demitir pais de famílias contratados.
Em suma, a crise está batendo pesado nos municípios. E nada indica que vai melhorar, muito pelo contrário. No pacote em que anunciou a ampliação do rombo das finanças federais para R$ 159 bilhões, ou R$ 20 bilhões a mais que o previsto, o governo já anunciou que vai ampliar os cortes nos repasses para Estados e Municípios.
Com o detalhe para os prefeitos. A previsão de melhora é para 2021. O que equivale a dizer que muitos prefeitos serão detonados nas urnas de 2020.
Ano passado, 62 dos que tinham direito a reeleição caíram fora.
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