Sponsor

ITAJU DO COLONIA

ITAJU DO COLONIA
VREADORA AUGUSTA

PALMIRA

PALMIRA
POINTER DO AÇAI

Itaju do Colônia

Itaju do Colônia
Rádio jornal de Itabuna

Itabuna

Itabuna
Rádio Nacional de Itabuna

Floresta Azul

Floresta Azul
Vereadora Daniela Larangeiras

Floresta Azul

Floresta Azul
Vereadora Daniela Laranjeira

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Mesmo com Haddad derrotado, Rui Costa sai vitorioso das urnas e emerge como força do PT

Para muitos, o PT foi o grande derrotado das eleições de 2018, após Fernando Haddad (PT) perder para Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno. Não há muito o que discordar dessa avaliação. No entanto, o partido ainda seguiu com o maior número de governadores e deve passar por um processo de reinvenção para se manter articulado para as próximas eleições. Isso inclui a revisão dos discursos e das ações que colocaram a legenda entre as principais forças políticas do país. Porém, em meio ao cenário de terra arrasada, um petista não tem do que reclamar da sorte: o governador reeleito da Bahia, Rui Costa.

Rui recebeu a maior votação nominal do PT em todo o país, perdendo apenas, obviamente, para o candidato à Presidência da República. Saiu vitorioso com mais de 74% dos votos no primeiro turno e catapultou aliados para o Senado, para a Câmara dos Deputados e para a Assembleia Legislativa da Bahia. E, entre um turno e outro, conseguiu ampliar a votação de Haddad na Bahia, dando mais um milhão de votos ao petista em território baiano. Mais votos do que o próprio Rui obteve na reeleição.

Em 1º de janeiro de 2019, o PT inicia o quarto mandato consecutivo no comando da Bahia e dá sinais de que pode deixar de ser protagonista no próximo pleito para o Palácio de Ondina. Ciclos de poder de 16 anos são suficientes para render frutos, mas também desgastes. Talvez por isso o senador Jaques Wagner tenha sinalizado essa hipótese já após o primeiro turno. No entanto, ainda é cedo para prever os próximos passos da correlação de forças entre as legendas baianas. O que se sabe é que Rui deve conduzir esse processo e estará cada vez mais fortalecido dentro da própria sigla.

Caso Haddad saísse vitorioso das urnas, possivelmente seria ele o grande nome do Partido dos Trabalhadores nos próximos anos. Inicialmente ele até será alçado à condição de principal porta-voz da oposição. No entanto, com o fogo-amigo de ex-aliados como Ciro Gomes (PDT), é provável que a derrota para Bolsonaro custe mais do que o ex-prefeito de São Paulo possa pagar. Por isso, a escolha dele para entrar na jaula do leão não foi completamente despropositada. Entre os petistas de grosso calibre, Haddad seria mais facilmente descartável do que outras lideranças que começam a surgir.

Nesse ponto, entra Rui. Com o resultado das urnas, o governador está legitimado para brigar por um lugar de destaque dentro do próprio partido. E deve fazê-lo. Mesmo com um antipetismo forte, o baiano conseguiu se manter bem avaliado e se descolou da imagem clássica da esquerda. É um gestor e suas ações falam mais do que a história política por trás do partido ao qual é filiado. Os números do Nordeste sugerem que é necessária a emergência de um nome da região para liderar essa transição. E Rui tem tudo para sê-lo.

O atual morador do Palácio de Ondina pode, então, ser alçado a um novo posto, como símbolo de renovação do PT nos próximos anos. E aí, quem sabe, permitir que a Bahia tenha um candidato à Presidência da República em 2022. Seria um sonho dele, conforme confidenciam amigos. Nunca se sabe...

0 comentários:

Postar um comentário